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quinta-feira, 19 de abril de 2012

NOVO SELECCIONADOR APRESENTADO


O italiano Flavio Gulinelli, apresentado esta quarta-feira como novo selecionador de voleibol de Portugal, definiu como prioridades o apuramento para o Campeonato da Europa de 2013 e a manutenção na Liga Mundial.

Sucessor do histórico Juan Diaz, com quem Portugal atingiu os patamares mais elevados do voleibol mundial, o novo treinador da equipa nacional considerou a vinda para Portugal um "desafio aliciante".

Flávio Gulinelli, de 53 anos, natural de Asti, conta no seu currículo com os títulos mundiais de 1998 e 2002, ao serviço das seleções de Itália e do Brasil, respetivamente, além da Liga Mundial (1997) com a "squadra azzurra".

O treinador, que se estreou em 1989 como adjunto no Parma, conta ainda no seu currículo com vários títulos europeus de clubes (1990 e 1992), campeonatos, taças e supertaças nacionais.

"Mais do que prometer seja o que for é a hora de trabalhar", disse Flavio Gulinelli, considerando o nível do voleibol português "elevado" e que "Portugal pode estar entre as 12 principais seleções europeias, onde estão as melhores do mundo".

Com Flávio Gulinelli regressam jogadores, por exemplo, como o distribuidor Nuno Pinheiro, afastado há já alguns anos da seleção, continuam os atletas mais experientes e será desenvolvido um trabalho de prospeção entre os mais jovens.

"O material para trabalhar é de nível superior e qualquer jogador que mereça jogar estará a jogar", afirmou Gulinelli, prometendo colocar ao serviço da seleção toda a sua experiencia acumulada.

Falando num português fluente, com sotaque brasileiro, devido à sua passagem pela seleção "canarinha", Gulinelli recordou o facto de ter trabalhado ao mais alto nível, quer com treinadores quer com jogadores de topo, com quem aprendeu muito do que está disposto, agora, a ensinar.

A duração de seis meses do contrato, com possibilidade de ser prolongado, não preocupa o treinador italiano, nem tão pouco o facto de suceder ao histórico Juan Diaz, com quem Portugal alcançou o 8.º lugar no Mundial2002, atingiu duas fases finais de Europeus e venceu a Liga Europeia.

"Vim porque foi esse o meu desejo e tenciono desenvolver ao máximo o meu trabalho. Por muito respeito que tenha ao Juan Diaz, e tenho, eu já ganhei títulos mundiais e ele não", adiantou.

O presidente da Federação Portuguesa de Voleibol, Vicente Araújo, reconheceu que a vinda de Flavio Gulinelli ficará mais económica do que a continuidade de Juan Diaz, mas declinou perda de qualidade.

"Flavio Gulinelli merece toda a confiança e o seu currículo fala por si. A federação não tem problemas financeiros, mas tem sim uma gestão controlada, de contenção, para evitar constrangimentos no futuro", disse Vicente Araújo.

Ainda de acordo com o dirigente, a situação de crise que se vive no país obriga a que sejam tomadas medidas para que, no caso concreto do voleibol, seja possível manter a atividade sem grandes problemas.

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